Cá entre nós, humildade não é uma característica muito comum entre os seres humanos. Independentemente das particularidades que cada grupo de pessoas pode apresentar, ações efetivamente humildes, são raras.

Parece, inclusive, que o orgulho e a vaidade são mais vantajosos e rentáveis aos olhos da maioria. Especialmente em períodos em que as redes sociais são cada vez mais fortes e presentes, a ideia mais comum é de que a imagem de ser superior, dono(a) da verdade ou grande autoridade em alguma área, é o que trará os ambiciosos resultados individuais.

Porém, tudo isso me parece uma grande ilusão. Em razão de tentar parecer ser mais do que realmente somos, a tendência é fecharmos os olhos para os nossos principais pontos de aprimoramento.

À medida que não admitimos a própria necessidade de melhoria, seguimos com as mesmas práticas de sempre, em um mundo que muda constantemente.

Quando levamos essa discussão para o nível das lideranças organizacionais, o problema é ainda maior. Líderes que não exercitam a humildade, acabam tendo dificuldade para enxergar com mais clareza sua condição profissional e pessoal. Dessa forma, também não focam em suas principais lacunas com relação às competências prioritárias para seu trabalho. Tanto aquelas de cunho mais técnico, quanto, principalmente, as características ligadas aos comportamentos, à comunicação, à organização, ao planejamento e ao desenvolvimento das equipes de trabalho.

O tempo passa, o tempo voa, e a liderança segue com as mesmas práticas que utilizava desde o início da carreira. Especialmente por falta de humildade suficiente para olhar para dentro e verificar, com adequado senso crítico, o que precisa ser cuidado prioritariamente. E, a partir disso, seguir buscando essa evolução de maneira contínua.

A postura predominantemente humilde da liderança, tem impacto altamente positivo para a própria evolução, para o desenvolvimento e atuação das equipes de trabalho, bem como, para a sequência da carreira deste(a) profissional que segue focado(a) no seu aperfeiçoamento de forma contínua. O mercado e a alta competitividade demandarão, cada vez mais, pessoas que se envolvem permanentemente com o próprio aprimoramento. Sendo regular nessa busca, todos ganharão