Saúde mental está entre os tópicos mais discutidos nos últimos anos. Seja em função da quantidade de demandas, da influência das redes sociais, da rapidez e volume das informações, da quantidade de notícias duvidosas, da pressão por produtividade, dificuldade em associar vida pessoal e profissional, polarização política, fatores econômicos ou o trânsito do dia a dia, é fato que o esforço para nos equilibrarmos tem sido cada vez maior.

Soma-se a isso, a sede e o compromisso constante por sermos perfeitos. Tudo tem que ser na plena condição. Seja nos compromissos profissionais, sociais ou familiares, muitas pessoas potencializam seu sofrimento em função da busca pelo resultado máximo. Todo o tempo.

É preciso respeitar os próprios limites e as limitações impostas por tantos outros fatores. Além de olhar para as próprias carências (que variam ao longo do dia, da semana, do mês e dos anos), também é necessário entender que as condições externas (que não estão sob nosso controle) nem sempre serão favoráveis. Ao contrário, em vários momentos, elas representarão barreiras bastante sérias.

Frente as próprias dificuldades e aquelas ligadas às outras áreas e pessoas na empresa, problemas na nossa família, às dificuldades estruturais, de processos ou culturais, precisamos ter em mente que estamos fazendo o melhor “possível”. E, este melhor, que nos manterá com adequada saúde física e mental, pode representar, por vezes, apenas 70% da nossa melhor condição. E é isso.

Para sermos sustentáveis em qualquer atividade que assumimos na vida, é decisivo que a paz seja um estado de ânimo predominante no dia a dia. Isso não quer dizer que não teremos falta de paz em momentos distintos ao longo do mês. Mas, a busca por ter a paz de consciência na maior parte do tempo, faz com que possamos dar longevidade para todo e qualquer projeto ou conjunto de tarefas que assumimos na vida.

Por outro lado, quanto mais tempo passamos desrespeitando este princípio, mais vulnerável será nossa saúde. E, à medida que a comprometemos, praticamente todos perdem. Quanto mais afetada for sua saúde mental, mais prejuízos e ineficiência terá a empresa em que você trabalha e todas as pessoas que dependem de você.

Existirão muitos momentos em que você conseguirá imprimir o máximo de seus esforços e colher o melhor dos resultados. Por outro lado, para que sua saúde mental e física siga em boas condições, minha humilde sugestão é de que você sempre faça o seu melhor, respeitando o seu momento e as condições externas oferecidas. Assim, ciente de que as limitações são algo absolutamente natural, seguimos em paz, trabalhando de forma consciente, inteligente e perene. Honrando as oportunidades recebidas e prezando pela dádiva da saúde que nos foi dada.