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A Mudança é de Dentro para Fora

Me parece prudente compreender que as mesmas práticas não nos tornarão melhores. Para seguir atendendo às demandas apresentadas pela vida, é natural que tenhamos que mudar.

Aliás, mesmo para pessoas que desejam se manter com a mesma condição, a mudança será fundamental. Isso se dá porque, independente das nossas próprias mudanças, todos os outros fatores que interagimos e interdependemos no dia a dia, sofrem alterações.

Neste contexto de mudanças permanentes, não é inteligente acreditar que nós poderemos nos manter com as mesmas práticas, conhecimentos, posturas, julgamentos, e que teremos sucesso em nossas tarefas pessoais e profissionais.

Essas mudanças geram necessidades importantes de adaptação em cada um de nós. A esteira segue. Como as coisas naturalmente se ajustam, se adaptam e se alteram, teremos também a responsabilidade de olhar para dentro e verificar o nosso papel nesse processo.

Não é incomum encontrar pessoas que preferem enxergar a necessidade de ajuste em praticamente tudo, desde que não seja nelas mesmas. Tudo e todos precisam mudar (a mãe, a sogra, o pai, o irmão, o amigo, o governo, a economia, o chefe, o liderado, as leis, o clima, as regras do campeonato etc.). Menos eu.

Temos, com certa frequência, a impressão de que todos os problemas que de alguma forma nos afligem estão fora de nós mesmos. Com isso, travamos uma luta longa, cansativa e improdutiva para mudar as coisas e as pessoas que estão à nossa volta.

É preciso assumir que a maior parte das dificuldades e conflitos vividos são fruto de como a nossa mente e coração estão trabalhando. Antes de criticar e tentar mudar os fatores externos, é importante olhar para dentro e avaliar as nossas limitações e incoerências. Bernie Siegel afirma que: “A maioria dos seres humanos espera que Deus modifique os aspectos externos da vida para que não tenhamos que mudar por dentro”. A reforma, antes de qualquer outra coisa, deve ser interior.

É evidente que essa postura com relação à vida exigirá tanto o autodiagnóstico quanto a automotivação. Conhecer a si mesmo, para perceber com clareza os principais pontos de melhoria naquele determinado momento, será decisivo para atuar sobre as prioridades de aprimoramento.

A automotivação será importante porque cuidar de forma contínua do próprio desenvolvimento não será algo natural. Envolvimento, dedicação e disciplina serão fundamentais para que a busca pelas mudanças internas ocorra de forma sustentável.

Temos de nos tornar a mudança que queremos ver no mundo. Você tem que ser o espelho da mudança que está propondo. Se eu quero mudar o mundo, tenho que começar por mim.” (Mahatma Gandhi)